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25/11/2008

PERGUNTE AO PASTOR.

FALANDO SOBRE O NATAL

Sabemos que Jesus não nasceu, de verdade, no dia 25 de dezembro. Simplesmente escolheu-se uma data para comemorar o fato. Isso parece incomodar grandemente alguns, que resolvem abolir, da comunidade qualquer comemoração especial à data. Quanto ao maior símbolo plástico do período, a árvore enfeitada chamada de “árvore de natal”, a antipatia pode ser ainda maior. Talvez isso aconteça porque se conhece apenas uma parte da sua história, por sinal, não necessariamente a melhor ou mais importante para nós que queremos nos preocupar mais com o aniversariante do que com a “festinha de aniversário”. A celebração do Natal a 25 de dezembro foi oficializada somente no ano 570 d.C. O dia escolhido é o “Solstício de Inverno” (no Hemisfério Norte ), dia em que o sol passa por sua maior declinação boreal, isto é, Já que as datas do calendário cristão foram definidas no hemisfério norte, nem sempre podem ser bem adaptadas ao nosso contexto, no hemisfério sul. É por isso que as estações do ano, aqui no nosso Brasil, nem sempre coincidem com o significado simbólico de vários eventos do ano cristão. É o caso do Natal. Aqui temos verão escaldante e nosso solstício é o de verão, com dias muito longos e noites mais curtas, exatamente o oposto do hemisfério norte. alcança, ao meio dia, o ponto mais baixo do céu, e cessa de afastar-se do equador. Quanto à luz do sol, é o dia mais curto do ano e com a noite mais longa. A partir dessa data os dias começam a alongar-se novamente. Os povos pagãos comemoravam esse dia com festas e cerimônias de fertilidade, adorando o “Sol Invictus” (sol invencível). O símbolo é óbvio: o sol, que parecia derrotado subindo no horizonte cada dia menos, “recupera-se” a partir desse dia e recomeça sua escalada vitoriosa até o ponto mais alto do céu. Já que os pagãos comemoravam essa data adorando o sol, os cristãos, como reação, passaram, nesse mesmo dia, a comemorar o nascimento de Cristo, o verdadeiro sol da graça, a luz do mundo! O Natal é um período de 12 dias, logo após o Advento, que começa no dia 25 de dezembro (não termina!) e se estende até a Epifania, em 6 de janeiro. A festa do Natal e os 11 dias que se seguem, celebra o nascimento de Jesus, a vinda do Messias prometido que revela em forma humana o amor de Deus por toda a humanidade.


A ÁRVORE DE NATAL
Além das lendas mais populares sobre a Árvore de Natal, há origens bem mais importantes para nós, cristãos, contudo bem menos conhecidas. Sua origem está nos costumes da “Árvore do Paraíso”, usada em lares e igrejas na época do Natal, na Europa do século XI. Era a representação da “Arvore da Vida” plantada no meio do Éden, no começo dos tempos (Gn. 2.9) e encontrada no centro da Nova Jerusalém, na consumação dos séculos (Ap.22). A idéia da Árvore de Natal como “Árvore da Vida” associa-se ainda à “Árvore da Cruz” (1 Pe 2.24). É a idéia do madeiro (ou como no grego “Tronco”) sobre o qual “Cristo levou os nossos pecados no seu corpo”. Nesse caso, a árvore que celebra o nascimento, com seu tronco aponta já para o calvário, para a cruz, razão maior da vinda daquela criança tão especial. · Outro conceito importante é o da “Árvore Cósmica”, da igreja primitiva. Por ser cósmica a dimensão da morte no calvário, a cruz era tida como a “Árvore Cósmica”, estendendo-se das profundezas da terra até os mais altos céus. Tratava-se, pois, de uma forma de exprimir o sentido cósmico (universal) da crucificação, no seu efeito de redimir toda a criação do poder do pecado e da morte, restaurando-a a relação original com Deus. Vem a ser, assim, a “Árvore da Salvação”. A Árvore de Natal guarda ainda a semelhança com a “Árvoreda Luz” do judaísmo. No AT a “Árvore da Vida” era representada pela amendoeira, que, na brancura de suas flores, em pleno inverno, prenuncia a chegada da Primavera. Segundo o modelo da amendoeira, Deus instruiu Moisés quanto à feitura do castiçal de sete lâmpadas para o Tabernáculo, o Menorah (Êx 25:31-40). Assim, no Menorah o simbolismo da “Árvore da Luz” e o da “Árvore da Vida” se corresponde. Não é difícil concluir que podemos recuperar sentidos mais profundos para a Árvore de Natal, em nossos lares e igrejas, do que os símbolos pagãos aos quais ela costuma ser associada. Há riqueza de idéias que nos lembram que no coração do Natal estão a Cruz e a Ressurreição. Se Jesus apenas tivesse nascido e morrido, ele teria nascimento e morte similares a todos os líderes religiosos posteriores a ele. O enorme diferencial éexatamente a ressurreição. O Natal, portanto, aponta para a cruz, antevê a cruz, considera a cruz. A Árvore de Natal nos revela o tronco, antecipa o madeiro: materializa a cruz. Um outro aspecto é sobre os enfeites na árvore. Eles têm lugar na história através da experiência do grande reformador Martinho Lutero. Ele, num bosque, observou a beleza dos pinheiros cobertos de neve e a luz das estrelas em suas folhagens. Levou a idéia para casa e “duplicou” tal beleza colocando velas acessas em seus ramos para a celebração do Natal. Como a árvore nos remete a Cristo e sua redenção para a humanidade, como já dito, há motivos suficientes para colocarmos enfeites diversos e colorido sem nossas árvores, tornando-as mais belas e valorizadas.

PAPAI NOEL
Uma figura também muito “temida” em alguns meios religiosos. Acredita-se que ele é a encarnação do diabo dentro dos lares evangélicos. Nada disto! O que é verdade sobre a falta de conhecimento sobre a árvore de natal, é também para a figura simpática e bonachona do Papai Noel americano. A figura do velhinho de roupas vermelhas com abas de couro, guiando seu trenó, surgiu em 1.822 nos Estados Unidos, com o conto popular dos escritos de Clement Moore. O autor cristão se inspirou na pessoa de São Nicolau, um bispo do século IV da igreja cristã na Ásia Menor. Ele era um homem de aparência austera, mas com a reputação de grande generosidade. Ele dava presentes aos amigos e a todos da sua comunidade para celebrar o natal de Jesus. Era uma expressão de alegria pela data tão festiva, e pela gratidão que ele tinha pela vinda de Jesus. A figura tornou-se bem mais popular em 1863, quando o famoso cartunista americano Thomas Nasto fez chegar a todos os níveis da sociedade. DAR PRESENTES Esta prática é bem antiga no meio cristão, como já foi comentado sobre a atitude de São Nicolau. Entretanto, o argumento remonta na mais antiguidade, no episódio da visita dos magos ao menino Rei, narrada em Mateus 2. Eles trouxeram presentes para presentear a Jesus, o Messias. Hoje presenteamos uns aos outros relembrando o maior presente de todos os tempos o filho de Deus. Damos aos nossos amigos presentes para lembrar que Jesus é o maior presente que alguém pode receber.

CONCLUSÃO
Muitos Evangélicos se mostram amargos para com a Natal. Compreendo que há certa razão para tal atitude, entretanto os exageros comerciais do Natal não devem tirar dele o seu brilho e sua importância. Esta é uma das maiores festas do cristianismo, e devemos preservar sua importância. Alguns puritanos e calvinistas não celebram o natal em represália aos abusos e exageros. Não podemos aceitar os conceitos mercadológicos do Natal e sua máquina de lucro por parte de alguns inescrupulosos, mas também não devemos deixar que os símbolos que retratam tão bem a encarnação do Deus vivo venham a ser extintos do nosso meio.
Precisamos, sim, é ensinar nossas crianças, nossas igrejas, sobre o verdadeiro significado e sentido do Natal. Não há nada de mal em celebrarmos o Natal com todos os símbolos relacionados a ele, a não ser que eles tomem o lugar central do natal, que deve ser de Jesus. A importância e relevância do Natal é o nascimento de Jesus Cristo. Devemos rejeitar uma inversão de valores deste presente século, onde celebrar o natal é somente comida, bebida e presentes. Isto não é Natal! Natal é muito mais do que isto. Natal é verdadeiramente Natal, com ou sem presentes; com ou sem comilança; com ou sem bebedice. Natal é Natal porque Jesus veio ao mundo, porque Jesus nasceu. O nascimento do Filho de Deus deve ser comemorado e celebrado, entendido e compreendido; ensinado e proclamado; com toda a alegria e exultação, como os anjos disseram naquela memorável noite, narrado no evangelho segundo São Lucas 2.10-11:“Eis aqui vos trago boas novas de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o salvador, que é Cristo, o Senhor.”Feliz Natal! Feliz natal de Jesus!

A primeira parte deste texto (Natal e Árvore) é de autoria de Parcival Módulo (extraído e adaptado da WebPage da IPB em Dez/99), o restante por Rev. Robson Gomes, pastor da Igreja Presbiteriana no Jardim América em Belo Horizonte, MG (ipja@ipja.com.br).

04/11/2008

O INFINITO E O FINITO



TU, GRANDE EU SOU,
Enche minha mente com a elevação e grandiosidade de pensamento de um Ser
para quem um dia é como mil anos,
e mil anos como um dia,
O Deus poderoso que transpõe o tempo,
e a queda dos impérios,
sem sofrer qualquer variação,
sendo glorioso em imortalidade.
Regozijo-me porque enquanto os homens morrem o Senhor vive;
porque enquanto todas as criaturas são caniços quebrados,
cisternas rotas,
flores murchas,
relva seca,
ele é a rocha eterna, a fonte de águas vivas.
Livra meu coração da vaidade,
da insatisfação,
das incertezas da vida presente,
para um interesse pelo que é eterno em Cristo.
Faz-me relembrar que a vida é curta e imprevisível,
e é somente uma oportunidade de servir;
Dá-me uma santa avareza para remir o tempo,
para despertar a cada chamado da caridade e piedade,
de modo que eu possa alimentar o faminto,
vestir o desnudo,
instruir o ignorante,
recuperar o viciado,
perdoar o ofensor,
difundir o evangelho,
mostrar amor fraternal a todos.
Faz-me viver uma vida sem presunção,
na tua dependência,
em mortificação,
crucificação,
oração.


Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Extraído de: The Valley of Vision:
A Collection of Puritan Prayers & Devotions,
organizado por Arthur Bennett, p.104.

31/10/2008

MOTO DA REFORMA


"Sola scriptura, sola gratia, sola fide, soli Deo gloria, solo Christi"


AINDA HÁ MOTIVOS PARA COMEMORAR A REFORMA?
Por Alderi Souza de Matos

1 Pedro 1.22—2.10

Introdução

Dentro de alguns anos, será comemorado o 500º aniversário da Reforma do Século XVI. Com tantas mudanças que o mundo experimentou nestes últimos cinco séculos, seria o caso de nos perguntarmos: Terá ainda razão de ser o nosso movimento? Justifica-se ainda o protestantismo?
A realidade nos mostra que, passados tantos anos, as verdades fundamentais e solenes redescobertas pelos reformadores continuam sendo desprezadas, tanto fora quanto dentro do movimento evangélico. Podemos exemplificar isso com um dos grandes princípios acentuados pela Reforma: “Solo Christo” ou a plena centralidade e exclusividade de Cristo como único e suficiente Salvador, o único mediador entre Deus e a humanidade.
A Igreja contra a qual se insurgiram os reformadores continua hoje, quase meio milênio mais tarde, a negar a Cristo um lugar exclusivo na fé, no culto e na devoção dos seus fiéis. Por causa da ênfase antibíblica no culto a Maria e aos santos, Jesus Cristo ocupa um lugar inteiramente secundário na vida e devoção de milhões de brasileiros que se dizem cristãos.
Mas as antigas verdades essenciais recuperadas pelos reformadores também têm sido ignoradas dentro das igrejas evangélicas. Se os reformadores voltassem à terra hoje, ficariam chocados com certas doutrinas e práticas correntes entre os evangélicos e com a sua falta de entusiasmo pelas importantes convicções redescobertas no século XVI.
Essas razões já são suficientes para justificar a atual relevância e necessidade da obra restauradora realizada pelos pioneiros da Reforma. Um aspecto interessante desses pioneiros é o fato de que eles, embora compartilhassem os mesmos princípios, tiveram diferentes experiências, que os levaram também a diferentes ênfases nos princípios que defenderam.
Gostaríamos de ilustrar três desses princípios através da experiência de três grupos reformados, tomando como ponto de partida os capítulos iniciais da primeira carta de Pedro. Nessa carta, o apóstolo lembra aos cristãos da Ásia Menor os fatos centrais da sua fé (1.3-12) e suas implicações para a vida (1.13-17). Em seguida, ele fala sobre as conseqüências disso para a sua identidade como grupo, como povo de Deus (1.22—2.10). Vemos nessa passagem três grandes ênfases da Reforma.
1. Graça e Fé
O fundamento da vida cristã é o fato de que somos salvos pela graça de Deus, recebida por meio da fé. Deus nos amou, por isso nos deu seu Filho; crendo nesse amor e nesse Filho, somos salvos. Essa é uma das ênfases mais importantes do capítulo inicial de 1 Pedro, especialmente nos versos 18-21, mas também em vários outros versículos. Esse ponto reúne três grandes princípios esposados pelos reformadores: “solo Christo”, “sola Gratia” e “sola Fide”. Embora não encontremos aqui uma referência explícita à justificação pela fé como nas cartas aos Romanos e aos Gálatas, ela é pressuposta em todo o contexto.
O reformador que teve uma experiência pessoal e profunda dessas verdades foi Martinho Lutero. Inicialmente, seu pai desejou que ele seguisse a carreira jurídica. Um dia, ao escapar por pouco da morte, fez um voto a “Santa Ana” de que entraria para a vida religiosa. Ingressou em um mosteiro agostiniano e pôs-se a lutar pela sua salvação, sem alcançar a paz interior que tanto almejava. Até que, ao estudar a Epístola aos Romanos, deparou-se como a promessa de que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Teve uma nova visão de Deus e da salvação. Esta já não era o alvo da vida, mas o seu fundamento. Essa nova convicção o levou a questionar a teologia medieval e a iniciar o movimento da Reforma.
Isso nos mostra a importância de uma vida de fé, na plena dependência da graça de Deus, mas também de uma vida de compromisso, que se manifesta na forma de frutos que honram a Deus.
2. A Palavra de Deus
A seção seguinte de 1 Pedro contém outra ênfase importante dos reformadores: a centralidade da Palavra de Deus (1.23-25). A Palavra de Deus é a mensagem que nos fala da graça de Deus e da redenção realizada por Cristo, e nos convida a crer nesse amor. Essencialmente, é o “evangelho” (verso 12), também descrito como a “verdade” (verso 22). Essa palavra ou evangelho é viva, permanente e eficaz porque é a própria “Palavra do Senhor”.
Se o item anterior nos faz pensar em Lutero, este nos lembra de modo especial João Calvino. Calvino não teve uma experiência dramática de conversão como Lutero. Sua experiência foi profunda, mas sem grandes lutas interiores. Ele mesmo pouco escreveu sobre o assunto, dizendo apenas que teve uma conversão repentina (“conversio súbita”). Mas desde o início esse reformador foi tomado por uma forte convicção acerca da majestade de Deus e da importância da sua palavra. Calvino foi, dentre todos os reformadores, aquele que mais energias dedicou a estudo e à exposição sistemática das Escrituras – nas Institutas, nos seus comentários bíblicos, em suas preleções e em seus sermões.
Nos seus escritos, Calvino insiste na suprema autoridade das Escrituras em matéria de fé e vida cristã (“sola Scriptura”). Essa autoridade decorre do fato de que Deus mesmo nos fala na sua Palavra. Ele faz uma distinção interessante entre Escritura e Palavra de Deus, ao dizer que é somente através da atuação do Espírito Santo que a Escritura é reconhecida pelo pecador como a Palavra de Deus viva e eficaz.
Esse ponto nos mostra a necessidade de obediência à Palavra do Senhor para vivermos uma vida cristã genuína e frutífera.
3. Sacerdócio Real
Finalmente, Pedro fala da grande dimensão comunitária da nossa fé. Unidos a Cristo e alimentados por sua Palavra (2.2-4), somos chamados a viver como edifício de Deus e como povo de Deus (2.5, 9). Nas duas referências, os cristãos são descritos como sacerdócio: “sacerdócio santo” e “sacerdócio real”. A conclusão é óbvia: todo cristão é um sacerdote. Não existe mais a distinção entre sacerdotes e “leigos” que havia no Antigo Testamento, mas agora todos têm acesso livre e direto acesso à presença de Deus, por meio de Cristo. Esse sacerdócio deve ser exercido principalmente em duas áreas: no culto e na proclamação. Todos os crentes podem e devem oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (v. 5); todos os cristãos devem proclamar as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (v. 9).
Os que conhecem alguma coisa sobre a Reforma reconhecem facilmente aqui o princípio do “sacerdócio universal dos fiéis”. Um grupo reformado que ilustra muito bem essa verdade foram os anabatistas. Todos os protestantes valorizaram o sacerdócio universal, mas ele foi especialmente importante para esse grupo incompreendido e horrivelmente perseguido que insistia que a Igreja devia ser uma associação voluntária de crentes, inteiramente separada do Estado e caracterizada pela mais plena igualdade e solidariedade entre todos. Uma bela aplicação do ensino de que todo cristão é um sacerdote de Deus.
Esse aspecto nos mostra a importância da comunhão cristã no corpo de Cristo. Como dizia a placa de uma igreja nos Estados Unidos: “Pastor: reverendo tal; ministros: todos os membros”.
Conclusão
A Reforma do Século XVI foi, mais que uma simples reforma, uma obra de restauração. Restauração de antigas verdades que haviam sido esquecidas ou obscurecidas ao longo dos séculos, e agora foram recuperadas. Essa obra deve continuar em cada geração, seguindo um lema dos reformadores: “Ecclesia reformata, semper reformanda” (igreja reformada, sempre se reformando).
Louvemos a Deus e honremos a memória dos nossos predecessores na fé resgatando esses valores e vivendo de acordo com os mesmos nos dias atuais. Tornemos nossa fé relevante para os nossos contemporâneos, sem fazer concessões que comprometam a pureza do evangelho de Cristo.

23/10/2008

A REFORMA PROTESTANTE - SOLI DEO GLÓRIA


Rev. Aubério da Silva Brito



Deus deseja ser glorificado em, por e através de nós e de nossa instrumentalidade. Este é o último ponto de defesa da Reforma Protestante do Século XVI: A Deus toda Glória. Partindo da Palavra de Deus, os reformadores formularam esta visão teocêntrica que nos ensina algumas certezas:1 - DEUS NÃO DEPENDE DE NOSSA GLÓRIA PARA SER O QUE É.Sabemos, pelas Escrituras, que Deus não precisa receber a glória dos homens para ser completo ou sentir-se realizado. Pois, como disse o próprio Cristo Jesus, Ele já possuía toda glória antes que o mundo existisse (João 17:5). Paulo declara: "Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rom. 16:36) e , ao concluir sua espístola aos Romanos, louva ao Senhor com estas palavras: "ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!" (Rom. 16:27). A glória de Deus também foi o tema do cântico dos anjos ao redor do trono, dos sere viventes e dos anciãos, e de todas as criaturas que João ouviu em suas visões, os quais diziam: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Apoc. 5:12) e, "Aquele que está sentado no trono e o Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, eo domínio pelos séculos dos séculos (Apoc. 5:13) e ainda, "Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação...O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém! (Apoc. 7:10-12).
2 - NOSSA EXISTÊNCIA SÓ TEM SENTIDO SE FOR PARA A GLÓRIA DE DEUSPor que Deus deseja ser glorificado por nós ?. A resposta a esta perguntaestá ligada a uma outra mais profunda e inquietante questão da nossa existência: Por que e para que existimos ? Os reformadores responderam: Nós existimos porque Deus nos criou, e assimnos fez para a sua própria glória. Essa postura reformada é a mais simples análise do ensino bíblico sobre a existência do homem; basta uma olhadela do texto bíblico e logo descobriremos isso (Isaias 43:7). Este lema da Reforma deriva do atendimento de que, assim como o homem, tudo o que Deus fez deve destinar-se à sua glória. Essa deve ser a mola propulsora que nos estimule a viver neste mundo. É sabido que, um dos maiores problemas do homem, em todos os tempos e sobretudo nos dias atuais, é a questão do seu próprio significado. O que significa viver? Muitas pessoas não querem mais viver, pois perderam o rumo, não encontram razão para estarem vivas amanhã. Só descobrirão o verdadeiro sentido da vida ao voltarem-se para Deus, glorificando-o como tal. Quando estamos centrados em volta de Deus e de sua obra salvífica em Cristo, deixamos de servir ao Senhor como pessoas mundanas para nos vermos como pecadores redimidos, cuja vida só pode ter um propósito: glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.3 - NOSSA VIDA E NOSSA ADORAÇÃO DEVEM SER SÓ PARA A GLÓRIA DE DEUS Isso quer dizer que nada e ninguém pode receber maior glória do que Deus. A Reforma retornou à verdade de que nada poderia preencher o coração do homem atéque este voltasse para Deus. Dar glória somente a Deus significa que ninguém, nem homens, nem anjos, devem ocupar o lugar que pertence a Ele, no mundo em nossa vida, porque somente Ele é o Senhor. É o que exigeo 1º mandamento: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim." (Ex. 20:1-2). Depois do pecado, o homem tem constituído deuses para si em lugar do Deus verdadeiro. Geralmente, esse deus é o próprio homem. Quando decide o que deve ou não crer, o que pode ou não ser verdadeiro, está dizendo que ele é o seu próprio deus. Sua razão, distorcida pelo pecado, é o seu critério de verdade. Mas diz a Palavra: "Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pos, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura"; (Isa. 42:8). A glória de Deus é o fim do próprio Deus, como crê John Piper, porque Ele é o bem supremo.James M. Boice, presbiteriano já falecido, disse: "Experimentaremos uma renovação na doutrina, no culto e na vida quando pudermos dizer honestamente: "SÓ A DEUS TODA GLÓRIA".

22/10/2008

Corpo mortal


Sei que logo terei de deixar este corpo mortal, como o nosso Senhor Jesus Cristo me disse claramente. (2 Pe 1.14.)

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Por mais maravilhoso que seja nosso corpo, ele é mortal. Dura “uns setenta anos, e os mais fortes chegam a oitenta; mas esses anos só trazem canseira e aflições” (Sl 90.10). O outro corpo, o corpo da ressurreição dos mortos e da súbita transformação dos vivos será gloriosamente imortal (1 Co 15.42, 51-54). A diferença é muito grande e não pode ser plenamente avaliada agora. Tanto Pedro como Paulo enfrentam, com absoluta naturalidade, esse problema do corpo mortal. Ambos têm consciência da proximidade do desenlace, da partida, do momento exato de deixar “este corpo mortal”, ou “esta vida” (2 Tm 4.6). A simplicidade dos dois apóstolos, frente à mais rude e humilhante experiência humana, só pode ser explicada pela esperança cristã: “Sei que logo terei de deixar este corpo”; “já é tempo de deixar esta vida”. O verdadeiro cristão sabe que “se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (1Co 15.19). A ressurreição de Jesus é a segurança de nossa própria ressurreição. Um dos resultados práticos da nossa comunhão com Deus, do nosso conhecimento de Deus e da nossa vitória sobre o pecado é essa naturalidade com relação ao tema que mais amedronta o ser humano — a morte.

Retirado de “Devocionais Para Todas as Estações” (Editora Ultimato, 2005).

13/10/2008

Filha da IPN, Adotada Pela IP.Coqueiros - Terreno Cong.Vale Dourado









Fotos do nosso terreno, comprado a prazo. Precisamos de Parceiros que nos ajude a honrar as parcelas.
Pr. José Firmino.

11/10/2008

A história da infância


Quem tem até 12 anos, não deixa a data passar em branco. Às vezes, muito antes de 12 de outubro – o Dia das Crianças –, já apresenta uma lista enorme para os pais, com pedidos de passeios e presentes, além da solicitação de tratamento especial. Afinal, não é todo dia que é o nosso dia, não é mesmo? Você sabia, porém, que nem sempre existiu o Dia das Crianças e que, no passado, a infância não era feita só de brincadeiras e estudo? Pois é. Antigamente, a infância – o perído que vai do nascimento até os 12 anos de idade – era bem diferente. No Brasil colonial, por exemplo, logo que cresciam um pouco e conseguiam agüentar mais esforços físicos, algumas crianças eram escaladas para tarefas de adultos. “As crianças iam trabalhar, desenvolvendo pequenas atividades, ou aprendiam algum ofício, tornando-se aprendizes. Elas também podiam estudar em casa, com professores particulares, ou na rede pública, nas escolas régias, criadas na segunda metade do século 17”, conta a historiadora Mary Del Priore, do programa de mestrado da Universidade Salgado de Oliveira, autora do livro A História das Crianças, que mostra como viviam as crianças do Brasil Colonial. Infância no Brasil Crianças nunca faltaram no Brasil. Quando os portugueses aqui chegaram, já havia as crianças índias. Depois, somaram-se a elas as que vieram com suas famílias de Portugal e as que chegaram da África com seus pais escravos. Sem contar os meninos e meninas, filhos de escravos e portugueses, que, depois, nasceriam em solo brasileiro.


A rotina dessas crianças, porém, não era moleza. Mal faziam seis anos, as crianças índias e filhas de escravos já iam para a lavoura, trabalhar com seus pais. Não tinham direito de freqüentar as escolas nem podiam pagar pelo ensino. Seus pais valorizavam muito o trabalho e, por isso, as brincadeiras aconteciam somente entre uma tarefa e outra. “A importância da infância foi reconhecida bem mais tarde. A maior parte das crianças, com seis ou sete anos, já estava trabalhando. Não apenas os filhos de escravos, mas as crianças pobres brancas também”, conta Mary Del Priore. As crianças filhas de pais portugueses, em geral, tinham boas condições financeiras. Assim, podiam viver a infância por mais tempo, estudar e brincar. Mesmo assim, porém, eram incentivadas a trabalhar desde cedo e tinham muitas tarefas escolares para cumprir.


Pouco tempo para brincar


Mesmo tendo compromisso com o trabalho ou com os estudos, porém, as crianças que viveram do período colonial até o século 20 no Brasil procuravam arrumar um tempinho para brincar. As ricas podiam adquirir brinquedos nas lojas, que importavam bonecas, carrinhos e outros mimos da França. As pobres, por sua vez, confeccionavam seus próprios brinquedos, que podiam ser feitos de pano, papel ou madeira. “As crianças aproveitavam esse momento de interrupção do trabalho para viver a infância, mostrando que a vontade de ser criança, de brincar, era grande, mesmo tendo pouco tempo de lazer”, conta Mary Del Priore. Essa dura realidade, porém, começou a mudar na metade do século 20. Isso porque as famílias começaram a ser menores, por diferentes razões. Na época, cresceu, por exemplo, o número de mulheres que trabalhavam e, por isso, optavam por não ter uma família grande. Com poucos filhos, mais atenção podia ser dada aos pequenos, como lazer, educação e mais brinquedos. Dia das crianças e do comércio No século 20, o comércio cresceu no Brasil. Mais lojas surgiram e as de produtos para crianças estavam na lista das mais procuradas. O Dia das Crianças, aliás, está associado, para alguns pesquisadores, ao crescimento do poder de compra das famílias e das fábricas de brinquedos. Mas por que justamente o dia 12 de outubro foi a data escolhida? Conta-se que, em meados do século 20, as lojas que vendiam esse tipo de artigo resolveram selecionar uma semana inteira para fazer promoções, que terminavam sempre no dia... 12 de outubro! Portanto, aí talvez esteja a explicação.


Infelizmente, porém, a alegria de poder aproveitar essa data não é uma realidade para todos. Ainda hoje muitas crianças não podem curtir a infância e suas famílias não têm condições de comprar brinquedos. Mesmo com a proibição da lei, pesquisas recentes indicam que há cerca de um milhão de crianças trabalhando em nosso país. “O trabalho sempre esteve associado à infância no passado e daí a dificuldade de fazê-lo desaparecer nos dias de hoje”, explica Mary Del Priore. Conhecer, porém, a história do nosso país – e a das crianças brasileiras – pode nos ajudar a mudar esse quadro. Afinal, saber como viviam meninos e meninas no Brasil de tempos atrás pode nos mostrar como não queremos que vivam os brasileirinhos de hoje e de amanhã!


Cathia Abreu Ciência Hoje das Crianças 10/10/2008

09/10/2008

A Reforma Protestante - Ulrich Zwínglio

A Reforma religiosa que iniciava na Alemanha, também frutificava na cidade de Zurique, na Suíça, com Ulrich Zwínglio. Ele foi um reformador do cantão leste suíço, região de língua alemã, nascido em Wildhaus, Sankt Gallen, em 1 de Janeiro de 1484, e estudou nas universidades de Viena e Basiléia. Em 1516 obteve uma versão latina do Novo Testamento, que Erasmo de Roterdã havia traduzido do grego. Dedicou-se a estudar e a pregar, vindo a atacar as doutrinas romanas, especialmente a veneração dos santos e a venda de relíquias, as promessas de curas e o abuso originado na venda de indulgências. Em 1 de Janeiro de 1519, a sua popularidade lhe rendeu o nomeamento como pregador da colegiata de Zurique. Entretanto, o Papa Adriano VI o proibiu de pregar e exigiu que o consistório de Zurique o condenasse como herege. Assim no ano de 1523, Zwinglio apresentou diante do conselho da cidade as suas Articuli sive conclusiones LXVII [Os 67 Artigos ou Conclusões], em que reinvindicou a supremacia da Escritura Sagrada sobre a autoridade papal e a tradição romana. Nestes artigos se opôs ao culto de imagens, as relíquias e aos santos, atacou a doutrina sacramental romana e o celibato do clero. Ele mesmo contraiu casamento, em 1524, com Anna Reinhardt, uma viúva com quem vivia publicamente como sua esposa.Mais energicamente em 1525, com a aprovação do conselho de Zurique transformaram os monastérios em hospitais, eliminou a missa e o uso de imagens nos templos, e adotou apenas dois sacramentos, o batismo e a Ceia. Durante o seu esforço de implantação dos princípios da Reforma, Zuínglio não conseguiu banir definitivamente o catolicismo da Suíça, embora a sua obra tenha aberto uma larga porta para a Reforma na Suíça. Ele intencionava implantar a sua doutrina em outros cantões, assim seis deles tornaram-se seus seguidores, todavia, outros cinco cantões montanheses da região de Uri, Schwyz, Unterwalten, Lucerna e Zug mantiveram-se católicos. A hostilidade entre os cantões desembocou, em 1529, num conflito armado, em que os católicos venceram. Dois anos depois, num outro conflito, os reformistas perdem novamente, e Zwinglio morre em 1531, pondo fim a continuidade de sua obra na Suiça. Ele não obteve tanto êxito em sua tarefa de reforma como Lutero, e ficou quase que esquecido após a sua morte prematura.Principais obras escritas


1.Articuli sive conclusiones LXVII (Os 67 Artigos ou Conclusões de Ulrich Zwinglio) escrito em 1523.2. De vera et falsa religione commentarius (Um Comentário da verdadeira e falsa religião) escrito em 1525. Esta obra foi dedicada ao rei francês Francisco I, que era católico.

Rev. Ewerton B. Tokashiki

07/10/2008

A Reforma Protestante

O Calvinismo cristalizou a Reforma. Lutero e Zuínglio tinham modificado radicalmente a antiga religião, mas, para além do vigoroso realce dado à Palavra de Deus, as crenças reformadas careciam duma autoridade precisa, duma direção organizada e duma filosofia lógica. João Calvino deu-lhes tudo isso e mais ainda. Ele foi um daqueles raros caracteres em que o pensamento e a ação se conjugam e que, se chegam a deixar marca, gravam-na profundamente na história. A influência que ele exerceu desde a cidade de Genebra, que praticamente governou a partir de 1541 até à sua morte, em 1564, espalhou-se pela Europa inteira e mais tarde pela América.
Calvino nasceu na França, a 10 de julho de 1509, em Noiyon, onde seu pai era notário apostólico e delegado fiscal. O pai era um respeitável membro da classe média, que esperava que o seu segundo filho, João, seguisse a carreira eclesiástica; mas os seus antepassados mais remotos tinham sido barqueiros em Pont-l'Evêque, no rio Oise. João Calvino estudou teologia, e depois direito, nas Universidades de Paris, Orleães e Bourges.
É incerto quando e como tenha Calvino abandonado a fé dos seus maiores. Mais tarde ele escreveu: Deus sujeitou-me o coração à docilidade através duma conversão repentina. Sem dúvida que os seus interesses se foram desviando dos clássicos e das leis para o estudo dos Pais da Igreja, e das Escrituras. As influências primordiais foram provavelmente as do Novo Testamento grego de Erasmo e dos sermões de Lutero. O Testamento grego revelou-lhe até que ponto a doutrina da Igreja se tinha afastado da narração evangélica. Os escritos de Lutero faziam realçar aquela idéia que germinava agora na sua própria mente e que iria influenciar dali por diante tudo o que ele fez, a de que o homem, carregado de culpas, apresentando-se coberto de pecados perante o Deus perfeitamente bom, somente pode salvar-se pela sua fé absoluta e sem restrições na misericórdia divina.
Calvino passou a escrever a obra que veio a ser o livro texto da Reforma Protestante, a sua Instituição da Religião Cristã, que continha as idéias fundamentais em que assentava o Calvinismo. Ao cabo de 23 anos da sua primeira publicação - 1536 - os seus seis capítulos originais tinham aumentado para oitenta, mas as idéias não tinham sofrido modificações sensíveis. Talvez que nenhum livro publicado no século XVI tenha produzido efeitos de tão largo alcance.
Quais eram os fundamentos da sua crença? Tal como Lutero e Zuínglio, a Bíblia, a inspirada Palavra de Deus, constitui a base final de todas as suas idéias. "Tal como sucede com os velhos, e os que sofrem de oftalmias, e todos os que têm má visão, que, se lhes pusermos diante nem que seja o mais belo livro, embora eles reconheçam que ali está escrita alguma coisa, mal conseguem juntar duas palavras, mas, se forem ajudados mediante a interposição de óculos, começarão a ler indistintamente, assim também a Escritura, reunindo todo o conhecimento de Deus na nossa mente, doutro modo confusa, dispersa as trevas e mostra-nos claramente o verdadeiro Deus." Embora Calvino admitisse que a Escritura era totalmente isenta de erro humano, salientou que "as Escrituras são a escola do Espírito Santo, onde nada é omitido que seja necessário e útil conhecer, e nada é ensinado, exceto aquilo que seja vantajoso saber"; e sustentou que o Antigo Testamento era tão valioso quanto o Novo. "Ninguém pode receber sequer a mínima parcela de reta e sã doutrina se não passar a ser um discípulo das Escrituras e não as interpretar guiado pelo Espírito Santo."
É óbvio que a Igreja e o Estado devem ambos derivar a sua autoridade da Escritura. Calvino distinguia, como outros fizeram, entre a Igreja visível e a invisível. A segunda era formada por todos os que estavam predestinados à salvação. Afirmamos, escreveu ele na Instituição, que por decreto eterno e imutável Deus já determinou de uma vez por todas quem Ele admitirá à salvação e quem Ele admitirá à destruição. Confirmamos que esse decreto, pelo que respeita aos eleitos, fundamenta-se no Seu decreto desinteressado, totalmente independente dos méritos humanos; mas para aqueles que ele destina à condenação as portas da vida ficam fechadas por um julgamento justo e perfeito. A teoria da predestinação de Calvino nasceu da sua crença na presciência absoluta de Deus, e da firma convicção, robustecida pelas suas leituras de São Paulo e Santo Agostinho, de que o homem é incapaz de se salvar pelas suas próprias ações; somente pode ser salvo pela imerecida graça de Deus, livremente concedida. Mas, se a Igreja é o grêmio dos predestinados ou eleitos, ela deve necessitar de alguma expressão visível, ainda mesmo que imperfeita.
A autoridade da Igreja é puramente religiosa, assim como a autoridade do Estado é puramente política. Calvino atribuiu uma autoridade de origem divina e chamou aos magistrados os ministros da justiça divina. Enquanto a Igreja lida com a vida da alma ou do homem interior, os magistrados ocupam-se em estabelecer a justiça, civil e exterior, da moralidade. Idealmente, o Estado não deve interferir com a Igreja, embora deva fazer tudo aquilo que puder para ajudá-la, mas Igreja também não deve interferir no Estado.
Os Regulamentos Eclesiásticos de Calvino estabeleciam como devia ser governada e Igreja. Esta tinha 2 instituições dirigentes, o Venerável Ministério e o Consistório. O primeiro, formado pelos pastores, examinava os que se sentiam vocacionados para a ordenação, apresentando depois ao Conselho para a aprovação aqueles a quem tinha escolhido; escutava os sermões sobre a doutrina, e agia como censor moral. O Consistório, um conselho de seis ministros e doze anciãos escolhidos entre os membros dos três conselhos governativos, era de todos os instrumentos de governo de Calvino o de maior significado. Em teoria era um tribunal da moral, mas a moralidade em Genebra não tinha limites; o Consistório tomava conhecimento de todas as formas de atividade, lidando com os vícios mais graves e com as infrações mais banais. A sua disciplina era severa e mantida por meio da excomunhão; as sentenças que proferia eram muitas vezes rigorosas, mas não o eram invariavelmente. O adultério, o jogo, as pragas, a bebida, o dormir na altura dos sermões e todas as práticas suscetíveis de poderem ser consideradas católicas, tudo isso caía sob a sua alçada.
Genebra tornou-se a central do mundo protestante. Refugiados protestantes de toda a Europa encontraram refrigério e ensino adentro das suas fronteiras, dando rapidamente uma feição acentuadamente cosmopolita à cidade. O ensino calvinista floresceu na sua universidade e na Academia fundada por Calvino em 1559. A literatura impressa em Genebra inundou a Europa, quer através do mercado livre, quer vendida por colporteurs clandestinos; os livros e folhetos eram de formato especial para se poderem transportar sem serem descobertos.
Quando em 1564 Calvino morreu, pôde no mínimo repousar com o seguro conhecimento de ter criado um dos mais importantes movimentos religiosos e políticos da história mundial.

Texto Retirado da Segunda Edição do Livro Renascimento e Reforma, de V.H.H. Green. Publicações Dom Quixote, Portugal.

29/09/2008

RN celebra 150 anos da IPB


Presbiterianos do Rio Grande do Norte reuniram-se em Mossoró, no dia 20 de setembro, para dar continuidade as celebrações estaduais pelos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Na ocasião também foram comemorados os 125 anos da presença presbiteriana na cidade.
O evento foi realizado no ginásio Dr. Pedro Ciarline, e recebeu a presença de três mil e duzentas pessoas, informa o rev. Marcos Severo, presidente do Sínodo Rio Grande do Norte (SRN). Um grande coral, composto por membros de diversas igrejas presbiterianas, apresentou hinos de louvor a Deus. O rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB, saudou os participantes e abriu oficialmente o evento. O pregador da noite foi o rev. Jeremias Pereira, da Oitava IP de Belo Horizonte (MG). Baseado no Salmo 126, o pastor conclamou os presbiterianos a orar e trabalhar em prol do crescimento da igreja. O rev. Marcos Severo destaca o empenho dos irmãos presbiterianos, vindos de diversas regiões do estado e que compareceram ao culto. Entre os participantes estavam trinta pastores presbiterianos do estado potiguar, missionários do projeto Rumo ao Sertão, o presb. Murilo Costa - vice-presidente (região nordeste) da Confederação Nacional de Homens Presbiterianos, e pastores de outras regiões, como o rev. Ricardo Rodrigues, rev. Aramilson Salazar e rev. João Rodrigues da Silva. A comissão executiva do SRN e representantes de seus presbitérios (Potiguar, Seridó e Oeste Rio Grandense) também fizeram-se presentes. Ao final, pastores e evangelistas receberam a Bíblia Comemorativa do Sesquicentenário. “Agradecemos a Deus pelo grande evento de gratidão pelos 150 anos da IPB e rogamos que a mesma continue na luta pela evangelização do Brasil”, finaliza o rev. Marcos Severo. Próximo culto: 28 de setembro: João Pessoa, Paraíba. Pregador: Rev. Hernandes Dias Lopes

17/09/2008

3º Domingo de Set.- É Dia da Escola Dominical


"HOJE É DOMINGO..."
Uma história muito comovente de uma E.B.D. que um certo dia ela se acabou...
Hoje é domingo...O sol está alto e o dia está lindo.Sentado neste banco, o banco de uma praça qualquer; meu pensamento vagueia e viaja pelo tempo, me leva ao passado e faz-me recordar meu tempo de criança. Tempo bom aquele. Lembro-me de tantas coisas, das brincadeiras, dos amigos, lembro-me dos doces de minha mãe, e até mesmo das surras que tomei de meu pai.Coincidência...Hoje é domingo. E na minha memória, a lembrança mais viva que tenho, são daquelas manhãs de domingo, manhãs de inverno, tão frio, nós ainda criança, gostávamos de dormir até tarde, acariciados pelo aconchego dos cobertores e do cheirinho de café vindo da cozinha, que mamãe sempre a primeira a levantar-se, tão cedo, se punha á fazer. Não demorava muito, ela vinha nos tirar da cama, “era domingo”, o dia em que as outras crianças dormiam até mais tarde, nós levantávamos cedinho. Mamãe então, arrumava nossas roupas, cobria-nos com alguns trapos velhos, a qual chamávamos de roupa de domingo, porque na verdade nem mesmo roupas tínhamos. Nossos sapatos, então, como era engraçado viviam sorrindo, depois de tanto uso e diversas caminhadas já nem comportavam mais nossos pés. Tínhamos também uma luva e um belo cachecol feitos por mamãe, e com o qual nos vestíamos, para podermos enfrentar o frio. Ah! E o café? O café ficava para mais tarde, tínhamos um compromisso muito importante nas manhãs de domingo, e o café podia esperar.Papai já com seu chapéu de palha na cabeça, calçava suas botas tão surradas, mas, que no entanto, nunca o havia deixado na mão. Finalmente estávamos todos prontos.Partíamos.A distância era longa e a caminhada difícil. Muitas vezes olhávamos outras crianças que passava, por nós e queríamos ser como elas e mamãe nos consolava nos dizendo que elas não tinham a oportunidade de juntar as pedrinhas que guardávamos para as brincadeiras mais tarde. Depois de algumas horas a estrada chegava ao fim, lá adiante avistávamos uma pequena construção, papai ajudou a construir, era a nossa igrejinha; tão pequenina, tão simples e humilde feita de tábuas, mas dentro dela havia um calor tão gostoso que nos fazia esquecer do frio.Era domingo. E no domingo o povo se reunia para ir a escolinha.Que saudades eu tenho daquelas manhãs. Chegávamos na igrejinha, dobrávamos os joelhos, agradecidos a Deus por estar ali, pedíamos a sua benção para aquele novo dia e então nos sentávamos para ouvir o professor.Lembro-me de ouvir a mamãe dizer que aquele homem tão simples, mal sabia escrever seu nome, mas, nas manhãs de domingo vestia seu terno, especialmente preparado para a ocasião, colocava sua gravata e virava um doutor, não um doutor comum, porque o que nos ensinava era algo maravilhoso e especial. Muitas das suas palavras guardo ainda na memória, como se as tivesse ouvindo neste instante.Era domingo.E todos estavam na igrejinha. Todas as famílias, pais, filhos, os irmãos, todos juntos ouvindo Deus falar.Aprendendo a conhecer Deus.Doce lembrança...Após a escolinha voltávamos felizes para nossas casas, sempre todos juntos, e ao chegar à casa, saboreávamos, então, os doces e o café que mamãe havia deixado sobre o fogão. Eram domingos maravilhosos. Eu poderia contar lindas histórias sobre aqueles domingos na escolinha dominical, muitas até fariam chorar, mas ninguém as quer ouvir.Hoje é domingo e eu aqui sentado; sentado neste banco, nem mesmo a igreja fui.A distância não é tão grande, o caminho é bem mais fácil e já não preciso ir á pé, se eu fosse comparar, nem mesmo parece frio, porque tenho tantas roupas para vestir que não sei qual usar. A igrejinha simples não existe mais é verdade, virou tapera em algum lugar no passado. A igreja, hoje é de pedra, hoje, é de pedra mais resistente, tem janelas, seus bancos são melhores, é bem diferente e fato. O calor que havia naquela simples e humilde igrejinha pode ter esfriado um pouco, mas, é porque muitos se esqueceram que hoje é domingo.Como eu queria estar lá com os irmãos.Se meus filhos ao menos estivessem aqui. Por que não os ensinei da mesma forma que meus pais me ensinaram?Grande engano meu...Pensei que estaria dando mais conforto a eles deixando-os dormir até mais tarde aos domingos.Hoje é domingo e meu filho trocou a noite pelo dia, foi dormir quando deveria estar se levantando para ir à escolinhaGrande engano meu...Pensei que fazendo do meu filho doutor ele aprenderia a respeitar e amar a Deus. Hoje me chama de quadrado e se esqueceu de Deus.Que saudades que tenho da escolinha.Como gostaria de estar lá, naquela escolinha junto com meus filhos, com minha família, bem como fazíamos no passado, nas manhãs de domingo. Seria tão bom ouvir Deus falar.Quisera eu contar minhas experiências aos mais jovens, ser também um professor da escola bíblica dominical.Hoje é domingoE eu aqui neste banco a lamentar do passado e sofrendo por não saber aproveitar quando a porta da igrejinha estava aberta aos domingos de manhã, bem cedinho.Quando os meus filhos nasceram eu deixei de ir a escolinha, a qual nunca havia faltado antes, muitos seguiram meu exemplo, deixaram de ir também, e o pastor cansou de esperar por mim.Um dia fechou a porta da igrejinha.E eu aqui, a lamentar...Hoje é domingo!E acabou-se a escolinha.
Autor desconhecido

15/09/2008

Bíblias Edição Histórica - 150 Anos

Recebemos neste mês mais um importante material histórico na vida da nossa IPB, trata-se da Bíblia Sagrada na edição histórica comemorativa dos 150 anos da IPB, lançada em conjunto com a SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL E A CASA EDITORA PRESBITERIANA na tradução de ALMEIDA e na versão revista e atualizada 2ª edição. Nela logo no início, além das muitas fotos históricas da vida sesquicentenária da IPB, temos também a foto dos antigos alunos do que foi o nosso Colégio Americano de Natal - Hoje prédio localizado no final da Rua Jaguarari, Barro Vermelho. Nesta foto ao centro temos o aluno e futuro Presidente da República" João Café Filho".
Acreditamos que estas foram as primeiras Bíblias distribuídas na Zona Norte de Natal, e no momento da comemoração do genetlíaco do reverendo José Fírmino de Morais, Pastor da Igreja Presbiteriana Parque dos Coqueiros, foi ele presenteado pelo Presbítero Paulo Batista com uma destas Bíblias histórica. Quiça pudéssemos entregar uma em cada estabelecimento Comercial, Industrial ou Governamental desta nossa região.

02/09/2008

Comunicai com os santos nas suas necessidades...Rm: 12:13

Recebi nesta manha, este email, do Rev.Simonton e senti a responsabilidade de comunicar aos irmãos

"Queridos(as)!
Peço-vos oração em favor do nosso irmão e amigo Rev. Joubert Heringer. Foi acometido de uma AVC muito forte. Se encontra internado e necessitando de cuidados especiais.
Rev. Joubert é presidente do Sínodo do Rio de Janeiro, Capelão do Mackenzie Rio e Pastor da Igreja Presbiteriana de Madureira."

Obrigado
Rev. Simonton

Que possamos neste momento fazermos conforme o Apostolo Paulo, nos dispor, para esta necessidade.

At.20:35-Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.

Presb. Paulo Batista - Ig.Presbiteriana Parque dos Coqueiros

01/09/2008

Fazer a vontade de Deus

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu. (Sl 40.8.)
Ao salmista, agradava fazer a vontade de Deus. Como ele, todo crente sincero e devoto realmente se preocupa em fazer aquilo que é a vontade de Deus para sua vida. Entretanto, muitas vezes não sabemos exatamente o que Ele deseja que façamos em termos de projeto de vida, de profissão, de ministério, de missão. Aprendi a entender que quando isso acontece, quando não me é revelado algum rumo específico que devo seguir, ou alguma decisão clara que devo tomar, deve haver alguma coisa bem ao meu alcance que eu deveria estar fazendo e não estou. “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29). Não preciso me preocupar em cumprir ou fazer aquilo que não me foi revelado, pois as coisas que sei que devo fazer, que estão bem diante do meu nariz, ao meu alcance, são o caminho que Deus deseja me fazer trilhar para me levar ao centro da sua vontade. Quando estou pensando em fazer algo grandioso para Deus, as pequeninas coisas como amar os que estão ao meu redor, servi-los como ao Senhor, cumprir aqueles deveres que parecem insignificantes, como limpar minha casa, passar roupas, ouvir a conversa de alguém solitário, orar com um filho que está triste por algo que eu considero uma bobagem — tudo isso parece bem distante de “servir a Deus”. Mas elas são parte essencial da vida do servo, são o lavar os pés daqueles que nos cercam. Jesus disse que fez essa tarefa para nos dar o exemplo de serviço. Ele, que veio fazer a vontade do Pai, mostrou a importância de sermos servos onde Ele nos tiver colocado. Somente quando sou fiel no pouco que Ele já me confiou provo minha disposição de obedecer ao meu Senhor nas grandes coisas que talvez um dia Ele me queira confiar.

29/08/2008

Dia dos Presbíteros - IPB


As funções atribuídas aos presbíteros aqui descritas não são exaustivas. Elas mencionam o que o presbítero deve ser e fazer, mas ele não pode se limitar a elas. Todos os presbíteros devem exercer o seu ofício em conformidade com a diversidade dos dons de cada um, e discernindo segundo a necessidade da Igreja. A vitalidade da igreja muito depende da operosidade dos presbíteros.Uma palavra grega usada para se referir ao ofício de presbítero é episcopos. Sabemos que “o uso no N.T., em referência aos líderes, parece ser menos técnica do que uma tradução como ‘bispo’ sugeriria; daí, superintendente, ou supervisor At 20:28; Fp 1:1; 1 Tm 3:2; Tt 1:7.”[1] O presbítero tem a responsabilidade de supervisionar a igreja que o escolheu para ser o seu líder. Louis Berkhof afirma que “claramente se vê que estes oficiais detinham a superintendência do rebanho que fora entregue aos seus cuidados. Eles tinham que abastecê-lo, governá-lo e protegê-lo, como sendo a própria família de Deus.”[2]A responsabilidade dos presbíteros de supervisão não se limita aos membros da igreja. Os presbíteros devem supervisionar o seu pastor. R.B. Kuiper observa que "um dos seus mais solenes deveres é vigiar a vida e o trabalho do pastor. Se o pastor não leva uma vida exemplar os presbíteros regentes da igreja devem chamar-lhe a atenção, e corrigi-lo. Se não é tão diligente em sua obra pastoral como deveria sê-lo, devem estimulá-lo para que tenha maior zelo. Se a falta de paixão que deve caracterizar a pregação da Palavra de Deus, os presbíteros regentes devem dar os passos necessários para ajudá-lo a superar tal defeito. E, se a pregação do pastor, em qualquer assunto de maior ou menor importância, não está de acordo com a Escritura, os presbíteros não devem descansar até que o mal tenha sido resolvido." [3] Entretanto, os presbíteros devem oferecer liberdade e recursos para que o seu pastor desenvolva-se e possa oferecer mais ao rebanho.A autoridade do presbíteroA autoridade dos governadores é puramente ministerial e declarativa. Cada função do Conselho, como o ensino, a admoestação, governo e o exercício da disciplina, devem fundamentar-se na Palavra de Deus. Os presbíteros não possuem autoridade inerente. Não possuem o direito de impor as suas opiniões pessoais, preferências, filosofias sobre o culto, a doutrina, ou o governo da igreja, antes, devem examinar e extrair das Escrituras os padrões e princípios estabelecidos por Deus.A autoridade do presbítero procede de:1. A autoridade de Cristo como cabeça da Igreja.2. Submissão à Cristo como o Senhor da Igreja.3. A obediência e fidelidade à Escritura Sagrada como única regra de fé e prática.4. Uma vida de santidade pessoal e familiar.5. O exercício responsável da sua vocação e dos seus dons segundo o seu chamado.As funções pastorais1. Visitar os membros menos assíduos às reuniões da igreja;2. Resolver os desentendimentos entre os membros;3. Instar os disciplinados ao sincero arrependimento;4. Orar por/com todas as famílias da igreja;5. Consolar os aflitos e necessitados;6. Supervisionar o bom andamento das atividades da igreja;7. Exortar aos pais que tragam os seus filhos ao batismo;8. Ser um pacificador em assuntos controversos;9. Lembrar aos membros da sua fidelidade com os dízimos e ofertas;10. Dar assistência e/ou liderar as congregações (quando houver);11. Auxiliar na distribuição da Ceia do Senhor.As funções doutrináriasOs presbíteros em nosso sistema de governo têm a responsabilidade de guardarem a doutrina da corrupção. (1 Tm 3:16; Tt 2:7-8). Entretanto, para isto é necessário:1. Conhecer o sistema e doutrinas presbiterianas;2. Zelar pela fidelidade e pureza doutrinária da igreja;3. Avaliar a qualificação doutrinária do pastor;4. Examinar os candidatos ao rol de membros da igreja;5. Discernir os novos “movimentos” que os membros estejam se envolvendo;As funções administrativas (indivíduo)1. Representar as necessidades dos membros nas reuniões do Conselho;2. Zelar para que as decisões do Conselho sejam cumpridas pela igreja;3. Lembrar os membros dos seus deveres e privilégios;4. Acompanhar o funcionamento das sociedades e ministérios da igreja;5. Elaborar propostas e projetos para a edificação da igreja.As funções administrativas (concílio)1. Reunir periodicamente para decidir sobre o bem estar da igreja;2. Divulgar na igreja local as decisões dos concílios superiores (presbitérios, sínodo, SC);3. Avaliar candidatos ao batismo e profissão de fé;4. Participar na aplicação da disciplina bíblica para que atinja a sua finalidade;5. Analisar se a Junta Diaconal está realizando as suas atribuições;6. Acompanhar o bom andamento das sociedades internas e ministérios da igreja;7. Avaliar para o envio ao presbitério os candidatos ao sagrado ministério pastoral;8. Participar da ordenação e instalação de novos pastores e presbíteros;9. Representar a igreja local nos concílios superiores.Notas:[1] F. Wilbur Gingrich & F.W. Danker, Léxico do N.T. Grego/Português (São Paulo, Ed. Vida Nova, 1993), p. 83.[2] Louis Berkhof, Teologia Sistemática (Campinas, LPC, 1990), p. 590.[3] R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo (Michigan, T.E.L.L., 1985), p. 132.Rev. Ewerton B. Tokashiki

17/08/2008

Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. João 9:4

149 anos - Sem Ufanismo nem Pessimismo.



O dicionário Houaiss define ufanismo como: atitude de quem se orgulha de alguma coisa com exagero. E é sem ufanismo que celebramos o centésimo quadragésimo nono aniversario da nossa amada Igreja Presbiteriana do Brasil, olhamos para a história dessa igreja que se tornou a primeira igreja brasileira protestante em solo brasileiro, deixando marcas profundas, sobretudo nas áreas da educação, da cultura, das artes, da ciência e, acima de tudo, contribuindo para a transformação moral e espiritual do povo brasileiro, desde os tempos do Brasil Império.
Orgulhamos-nos também, de sermos uma igreja contemporânea, com respostas e propostas atuais para sociedade atual, contudo, não negociamos a nossa tradição histórica. Enfim, temos orgulho de sermos Presbiterianos, mas sem ufanismos. Respeitando as demais denominações e com elas convivendo e aprendendo, pois não julgamos que sejamos detentores exclusivos da verdade ou melhores que ninguém.
Chegamos a este quase sesquicentenário sem pessimismo, pois pautamos-nos nos valores inegociáveis da soberania de Deus, da sua absoluta autoridade e da inerrância das Escrituras Sagradas como sendo a revelação especial de Deus, onde Ele mostra o modo como às pessoas devem conhecê-lo, relacionar-se com Ele e glorificá-lo e da total dependência do homem. Sem pessimismo, Porque, apesar do nosso aparente estado de friúra não nos desviamos da nossa missão doutrinária de adoração a Deus em espírito e em verdade, de proclamar o evangelho puro sem antropocentrismo, que não se empenhe na satisfação humana e que não seja voltado para as ambições terrenas. Sem pessimismo, por termos a consciência de mordecai, de sempre fazer o possível pelo bem estar e progresso do seu povo. Sem pessimismo, para estar presente e atuante em diversos momentos históricos de nossa amada nação, como igreja democrática, contribuindo para construção de uma pátria cidadã, anunciando o evangelho, porem sem perder a sensibilidade e a responsabilidade social a qual temos objetivado, através das nossas inúmeras organizações sociais tais como: escolas, faculdades, universidades, hospitais, entidades sociais.
Continuação ▼Porém amados irmãos, cremos que as palavras do salmista, Sl. 116.12-14, são extremamente oportunas e hodiernas para nos renovar com a mesma motivação do salmista em oferecer ao nosso Deus um genuíno sacrifício de Ações de Graças, conforme ele mesmo nos ensina que este é o tempo oportuno para: “oferecer sacrifícios de Ações de Graças”. •

Reverendo Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da IPB.

11/08/2008

Coral Corban















Coral Corban - Ig.Presbiteriana Parque dos Coqueiros - IPPC
Na foto, centro direita, professor Joaquim Peixoto 92 Anos de idade, tendo mais de meio século de sua vida dedicado ao louvor.
Salmos 92:14 - Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor,