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25/11/2008

PERGUNTE AO PASTOR.

FALANDO SOBRE O NATAL

Sabemos que Jesus não nasceu, de verdade, no dia 25 de dezembro. Simplesmente escolheu-se uma data para comemorar o fato. Isso parece incomodar grandemente alguns, que resolvem abolir, da comunidade qualquer comemoração especial à data. Quanto ao maior símbolo plástico do período, a árvore enfeitada chamada de “árvore de natal”, a antipatia pode ser ainda maior. Talvez isso aconteça porque se conhece apenas uma parte da sua história, por sinal, não necessariamente a melhor ou mais importante para nós que queremos nos preocupar mais com o aniversariante do que com a “festinha de aniversário”. A celebração do Natal a 25 de dezembro foi oficializada somente no ano 570 d.C. O dia escolhido é o “Solstício de Inverno” (no Hemisfério Norte ), dia em que o sol passa por sua maior declinação boreal, isto é, Já que as datas do calendário cristão foram definidas no hemisfério norte, nem sempre podem ser bem adaptadas ao nosso contexto, no hemisfério sul. É por isso que as estações do ano, aqui no nosso Brasil, nem sempre coincidem com o significado simbólico de vários eventos do ano cristão. É o caso do Natal. Aqui temos verão escaldante e nosso solstício é o de verão, com dias muito longos e noites mais curtas, exatamente o oposto do hemisfério norte. alcança, ao meio dia, o ponto mais baixo do céu, e cessa de afastar-se do equador. Quanto à luz do sol, é o dia mais curto do ano e com a noite mais longa. A partir dessa data os dias começam a alongar-se novamente. Os povos pagãos comemoravam esse dia com festas e cerimônias de fertilidade, adorando o “Sol Invictus” (sol invencível). O símbolo é óbvio: o sol, que parecia derrotado subindo no horizonte cada dia menos, “recupera-se” a partir desse dia e recomeça sua escalada vitoriosa até o ponto mais alto do céu. Já que os pagãos comemoravam essa data adorando o sol, os cristãos, como reação, passaram, nesse mesmo dia, a comemorar o nascimento de Cristo, o verdadeiro sol da graça, a luz do mundo! O Natal é um período de 12 dias, logo após o Advento, que começa no dia 25 de dezembro (não termina!) e se estende até a Epifania, em 6 de janeiro. A festa do Natal e os 11 dias que se seguem, celebra o nascimento de Jesus, a vinda do Messias prometido que revela em forma humana o amor de Deus por toda a humanidade.


A ÁRVORE DE NATAL
Além das lendas mais populares sobre a Árvore de Natal, há origens bem mais importantes para nós, cristãos, contudo bem menos conhecidas. Sua origem está nos costumes da “Árvore do Paraíso”, usada em lares e igrejas na época do Natal, na Europa do século XI. Era a representação da “Arvore da Vida” plantada no meio do Éden, no começo dos tempos (Gn. 2.9) e encontrada no centro da Nova Jerusalém, na consumação dos séculos (Ap.22). A idéia da Árvore de Natal como “Árvore da Vida” associa-se ainda à “Árvore da Cruz” (1 Pe 2.24). É a idéia do madeiro (ou como no grego “Tronco”) sobre o qual “Cristo levou os nossos pecados no seu corpo”. Nesse caso, a árvore que celebra o nascimento, com seu tronco aponta já para o calvário, para a cruz, razão maior da vinda daquela criança tão especial. · Outro conceito importante é o da “Árvore Cósmica”, da igreja primitiva. Por ser cósmica a dimensão da morte no calvário, a cruz era tida como a “Árvore Cósmica”, estendendo-se das profundezas da terra até os mais altos céus. Tratava-se, pois, de uma forma de exprimir o sentido cósmico (universal) da crucificação, no seu efeito de redimir toda a criação do poder do pecado e da morte, restaurando-a a relação original com Deus. Vem a ser, assim, a “Árvore da Salvação”. A Árvore de Natal guarda ainda a semelhança com a “Árvoreda Luz” do judaísmo. No AT a “Árvore da Vida” era representada pela amendoeira, que, na brancura de suas flores, em pleno inverno, prenuncia a chegada da Primavera. Segundo o modelo da amendoeira, Deus instruiu Moisés quanto à feitura do castiçal de sete lâmpadas para o Tabernáculo, o Menorah (Êx 25:31-40). Assim, no Menorah o simbolismo da “Árvore da Luz” e o da “Árvore da Vida” se corresponde. Não é difícil concluir que podemos recuperar sentidos mais profundos para a Árvore de Natal, em nossos lares e igrejas, do que os símbolos pagãos aos quais ela costuma ser associada. Há riqueza de idéias que nos lembram que no coração do Natal estão a Cruz e a Ressurreição. Se Jesus apenas tivesse nascido e morrido, ele teria nascimento e morte similares a todos os líderes religiosos posteriores a ele. O enorme diferencial éexatamente a ressurreição. O Natal, portanto, aponta para a cruz, antevê a cruz, considera a cruz. A Árvore de Natal nos revela o tronco, antecipa o madeiro: materializa a cruz. Um outro aspecto é sobre os enfeites na árvore. Eles têm lugar na história através da experiência do grande reformador Martinho Lutero. Ele, num bosque, observou a beleza dos pinheiros cobertos de neve e a luz das estrelas em suas folhagens. Levou a idéia para casa e “duplicou” tal beleza colocando velas acessas em seus ramos para a celebração do Natal. Como a árvore nos remete a Cristo e sua redenção para a humanidade, como já dito, há motivos suficientes para colocarmos enfeites diversos e colorido sem nossas árvores, tornando-as mais belas e valorizadas.

PAPAI NOEL
Uma figura também muito “temida” em alguns meios religiosos. Acredita-se que ele é a encarnação do diabo dentro dos lares evangélicos. Nada disto! O que é verdade sobre a falta de conhecimento sobre a árvore de natal, é também para a figura simpática e bonachona do Papai Noel americano. A figura do velhinho de roupas vermelhas com abas de couro, guiando seu trenó, surgiu em 1.822 nos Estados Unidos, com o conto popular dos escritos de Clement Moore. O autor cristão se inspirou na pessoa de São Nicolau, um bispo do século IV da igreja cristã na Ásia Menor. Ele era um homem de aparência austera, mas com a reputação de grande generosidade. Ele dava presentes aos amigos e a todos da sua comunidade para celebrar o natal de Jesus. Era uma expressão de alegria pela data tão festiva, e pela gratidão que ele tinha pela vinda de Jesus. A figura tornou-se bem mais popular em 1863, quando o famoso cartunista americano Thomas Nasto fez chegar a todos os níveis da sociedade. DAR PRESENTES Esta prática é bem antiga no meio cristão, como já foi comentado sobre a atitude de São Nicolau. Entretanto, o argumento remonta na mais antiguidade, no episódio da visita dos magos ao menino Rei, narrada em Mateus 2. Eles trouxeram presentes para presentear a Jesus, o Messias. Hoje presenteamos uns aos outros relembrando o maior presente de todos os tempos o filho de Deus. Damos aos nossos amigos presentes para lembrar que Jesus é o maior presente que alguém pode receber.

CONCLUSÃO
Muitos Evangélicos se mostram amargos para com a Natal. Compreendo que há certa razão para tal atitude, entretanto os exageros comerciais do Natal não devem tirar dele o seu brilho e sua importância. Esta é uma das maiores festas do cristianismo, e devemos preservar sua importância. Alguns puritanos e calvinistas não celebram o natal em represália aos abusos e exageros. Não podemos aceitar os conceitos mercadológicos do Natal e sua máquina de lucro por parte de alguns inescrupulosos, mas também não devemos deixar que os símbolos que retratam tão bem a encarnação do Deus vivo venham a ser extintos do nosso meio.
Precisamos, sim, é ensinar nossas crianças, nossas igrejas, sobre o verdadeiro significado e sentido do Natal. Não há nada de mal em celebrarmos o Natal com todos os símbolos relacionados a ele, a não ser que eles tomem o lugar central do natal, que deve ser de Jesus. A importância e relevância do Natal é o nascimento de Jesus Cristo. Devemos rejeitar uma inversão de valores deste presente século, onde celebrar o natal é somente comida, bebida e presentes. Isto não é Natal! Natal é muito mais do que isto. Natal é verdadeiramente Natal, com ou sem presentes; com ou sem comilança; com ou sem bebedice. Natal é Natal porque Jesus veio ao mundo, porque Jesus nasceu. O nascimento do Filho de Deus deve ser comemorado e celebrado, entendido e compreendido; ensinado e proclamado; com toda a alegria e exultação, como os anjos disseram naquela memorável noite, narrado no evangelho segundo São Lucas 2.10-11:“Eis aqui vos trago boas novas de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o salvador, que é Cristo, o Senhor.”Feliz Natal! Feliz natal de Jesus!

A primeira parte deste texto (Natal e Árvore) é de autoria de Parcival Módulo (extraído e adaptado da WebPage da IPB em Dez/99), o restante por Rev. Robson Gomes, pastor da Igreja Presbiteriana no Jardim América em Belo Horizonte, MG (ipja@ipja.com.br).

04/11/2008

O INFINITO E O FINITO



TU, GRANDE EU SOU,
Enche minha mente com a elevação e grandiosidade de pensamento de um Ser
para quem um dia é como mil anos,
e mil anos como um dia,
O Deus poderoso que transpõe o tempo,
e a queda dos impérios,
sem sofrer qualquer variação,
sendo glorioso em imortalidade.
Regozijo-me porque enquanto os homens morrem o Senhor vive;
porque enquanto todas as criaturas são caniços quebrados,
cisternas rotas,
flores murchas,
relva seca,
ele é a rocha eterna, a fonte de águas vivas.
Livra meu coração da vaidade,
da insatisfação,
das incertezas da vida presente,
para um interesse pelo que é eterno em Cristo.
Faz-me relembrar que a vida é curta e imprevisível,
e é somente uma oportunidade de servir;
Dá-me uma santa avareza para remir o tempo,
para despertar a cada chamado da caridade e piedade,
de modo que eu possa alimentar o faminto,
vestir o desnudo,
instruir o ignorante,
recuperar o viciado,
perdoar o ofensor,
difundir o evangelho,
mostrar amor fraternal a todos.
Faz-me viver uma vida sem presunção,
na tua dependência,
em mortificação,
crucificação,
oração.


Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Extraído de: The Valley of Vision:
A Collection of Puritan Prayers & Devotions,
organizado por Arthur Bennett, p.104.